République du Portugal

Portugal

Loi sur la nationalité
(Lei da Nacionalidade)

1981

1) Loi no 37 sur la nationalité (1981)
2)
Loi organique no 2 du 17 avril
(2006)

Lei n.º 37/81 de 3 de Outubro

Lei da Nacionalidade (*)

Artigo 1.o

Nacionalidade originária

1)
São portugueses de origem:

a) Os filhos de mãe portuguesa ou de pai português nascidos no território português;

b) Os filhos de mãe portuguesa ou de pai português nascidos no estrangeiro se o progenitor português aí se encontrar ao serviço do Estado Português;

c) Os filhos de mãe portuguesa ou de pai português nascidos no estrangeiro se tiverem o seu nascimento inscrito no registo civil português ou se declararem que querem ser portugueses;

d) Os indivíduos nascidos no território português, filhos de estrangeiros, se pelo menos um dos progenitores também aqui tiver nascido e aqui tiver residência, independentemente de título, ao tempo do nascimento;

e) Os indivíduos nascidos no território português, filhos de estrangeiros que não se encontrem ao serviço do respectivo Estado, se declararem que querem ser portugueses e desde que, no momento do nascimento, um dos progenitores aqui resida legalmente há pelo menos cinco anos;

f) Os indivíduos nascidos no território português e que não possuam outra nacionalidade.

2) Presumem-se nascidos em território português ou sob administração portuguesa, salvo prova em contrário, os recém-nascidos expostos naqueles territórios.

Artigo 2.o

Aquisição por filhos menores ou incapazes

Os filhos menores ou incapazes de pai ou mãe que adquira a nacionalidade portuguesa podem também adquiri-la, mediante declaração.

Artigo 3.o

Aquisição em caso de casamento

1)
O estrangeiro casado há mais de três anos com nacional português pode adquirir a nacionalidade portuguesa mediante declaração feita na constância de matrimónio.

2)
A declaração de nulidade ou anulação do ce samento não prejudica a nacionalidade adquirida pel cônjuge que o contraiu de boa fé.

Artigo 4.o

Declaração após aquisição de capacidade

Os que hajam perdido a nacionalidade portuguesa por efeito de declaração prestada durante a sua in capacidade podem adquiri-la, quando capazes, mediante declaração.

Artigo 5.o

Aquisição por adopçã plena

O adoptado plenamente por nacional portuguese adquire a nacionalidade portuguesa.

Artigo 6.o

Requisitos

1)
O Governo pode conceder a nacionalidade portuguesa, por naturalização, aos estrangeiros que satisfaçam, cumulativamente os seguites requisitos:

a) Serem maiores ou emancipados à face de lei portuguesa;

b) Residirem em território português ou sob administração, com título válido de autorização de residência, há, pelo menos, 6 ou 10 anos, conforme se trate, respectivamente, de cidadãos, nacionais de países de língua oficial portuguesa ou de outros países;

c) Conhecerem suficientemente a língua portuguesa;

d) Comprovarem a existência de uma ligação efectiva à comunidade nacional;

e) Terem idoneidade cívica;

f) Possuírem capacidade para reger a sua pessoa e assegurar a sua subsistência.

2) Os requisitos constantes das alíneas b) a d) podem ser dispensados em relação aos que tenham tido a nacionalidade portuguesa, aos que forem havidos como descendentes de portugueses, aos membros de comunidades de ascendência portuguesa e aos estrangeiros que tenham prestado ou sejam chamados a prestar serviços relevantes ao Estado Português.

Artigo 15.º

Residência legal

1)
Para os efeitos do disposto nos artigos precedentes, entende-se que residem legalmente no território português os indivíduos que aqui se encontram, com a sua situação regularizada perante as autoridades portuguesas, ao abrigo de qualquer dos títulos, vistos ou autorizações previstos no regime de entrada, permanência, saída e afastamento de estrangeiros e no regime do direito de asilo.

2) O disposto no número anterior não prejudica os regimes especiais de residência legal resultantes de tratados ou convenções de que Portugal seja Parte, designadamente no âmbito da União Europeia e da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

Artigo 21.º

Prova da nacionalidade originária

1)
A nacionalidade portuguesa originária dos indivíduos abrangidos pelas alíneas a), b) e f) do n.º 1 do artigo 1.º prova-se pelo assento de nascimento.

2) É havido como nacional português o indivíduo de cujo assento de nascimento não conste menção da nacionalidade estrangeira dos progenitores ou do seu desconhecimento.

3) A nacionalidade originária dos indivíduos abrangidos pela alínea c) do n.º 1 do artigo 1.º prova-se, consoante os casos, pelas menções constantes do assento de nascimento lavrado por inscrição no registo civil português ou pelo registo da declaração de que depende a atribuição.

4) A nacionalidade originária dos indivíduos abrangidos pela alínea d) do n.º 1 do artigo 1.º prova-se pelo assento de nascimento onde conste a menção da naturalidade portuguesa de um dos progenitores e a da sua residência no território nacional.

5) A nacionalidade portuguesa originária de indivíduos abrangidos pela alínea e) do n.º 1 do artigo 1.º prova-se pelo registo da declaração de que depende a atribuição.
________
(*) Com as alterações introduzidas pela Lei n.º 25/94, de 19 de Agosto, pelo Decreto-Lei n.º 322-A/2001, de 14 de Dezembro, na redacção dada pelo Decreto-Lei n.º 194/2003, de 23 de Agosto, e pela Lei Orgânica n.º 1/2004, de 15 de Janeiro e pela Lei Orgânica n.º 2/2006 de 17 de Abril.

Loi no 37/81 du 3 octobre

Loi sur la nationalité (*)

Article 1er

Nationalité d'origine

1)
Sont portugais d'origine :

a) Les enfants dont l'un des parents portugais, qui sont nés en territoire portugais;

b) Les enfants dont l'un des parents est portugais, qui sont nés à l'étranger si le parent portugais a déclaré être au service de l'État portugais;

c) Les enfants dont l'un des parents est portugais, qui sont nés à l'étranger si leur naissance a été enregistrée au registre portugais d'état civil ou s'ils ont déclaré vouloir devenir portugais;

d) Les individus nés en territoire portugais, enfants d'étrangers dont au moins un des parents est né ici aussi, et qui a sa résidence au pays, quel que soit le titre et la date de naissance;

e) Les individus nés en territoire portugais, enfants d'étrangers qui ne sont pas au service de l'État, qui veulent devenir portugais et à condition que, lors de la naissance, l'un des parents résidait légalement au pays depuis au moins cinq ans;

f) Les individus nés en territoire portugais et qui ne possèdent aucune autre nationalité.

2) Sont réputés être nés en territoire portugais ou sous administration portugaise, à défaut de preuve contraire, les nouveau-nés déclarés dans ces territoires.

Article 2

Acquisition de la nationalité par des enfants mineurs ou handicapés

Les enfants mineurs ou handicapés dont l'un des parents a acquis la nationalité portugaise peuvent aussi l'obtenir par voie de déclaration.

Article 3

Acquisition de la nationalité en cas de mariage

1)
L'étranger marié depuis plus de trois ans avec un ressortissant portugais peut acquérir la nationalité portugaise par déclaration faite pendant le mariage.

2) La déclaration de nullité ou d'annulation du mariage ne porte pas atteinte à la nationalité acquise par le conjoint qui a contracté le mariage de bonne foi.

Article 4

Déclaration après acquisition de ses facultés


Ceux qui ont perdu la nationalité portugaise à la suite d'une déclaration faite durant leur incapacité peuvent si possible acquérir cette nationalité, après avoir récupéré leurs facultés, au moyen d'une nouvelle déclaration.

Article 5

Acquisition par adoption entière


Tout individu adopté légalement par un ressortissant portugais acquiert la nationalité portugaise.

Article 6

Conditions

1)
 Le gouvernement peut accorder la nationalité portugaise, par naturalisation, aux étrangers qui satisfont à l'ensemble des conditions suivantes:

a) Être majeur ou affranchi de l'autorité parentale par une loi du Portugal;

b) Être résident en territoire portugais ou sous administration portugaise, avec permis de séjour valide pour au moins six ou dix ans, selon qu'ils sont des ressortissants de pays où le portugais est une langue officielle ou dans d'autres pays;

c) Avoir une connaissance suffisante du portugais;

d) Prouver l'existence d'un lien effectif avec la communauté nationale;

e) Détenir la responsabilité civile; 

f) Être à même de s'occuper de sa personne et assurer sa subsistance.

2) Les conditions énoncées aux alinéas b) à d) peuvent être levées à l'égard de ceux qui ont eu la nationalité portugaise, ceux qui sont de descendants de Portugais, les membres des communautés d'ascendance portugaise et les étrangers qui ont servi ou sont appelés à rendre des services importants à l'État portugais.

Article 15

Résidence légale

1)
Aux fins des dispositions des articles précédents, il est entendu que les individus résidant légalement en territoire portugais sont ceux qui sont ici, ayant régularisé en bonne et due forme leur situation avec les autorités portugaises, que ce soit au point de vue des titres, visas, permis d'admission, de séjour, de départ ou d'expulsion des étrangers et du régime du droit d'asile.

2) La disposition du paragraphe précédent n'exclut pas les régimes spéciaux de résidence légale en vertu des traités ou des conventions dont est partie le Portugal, notamment au sein de l'Union européenne et de la Communauté des pays de langue portugaise.

Article 21

Preuve de la nationalité d'origine

1)
La nationalité d'origine portugaise des individus relevant des alinéas a), b) et f) du premier paragraphe de l'article 1 est prouvée par l'acte de naissance.

2) Est un ressortissant portugais l'individu dont le certificat de naissance ne fait pas mention ou ignore toute nationalité étrangère de la part des parents.

3) La nationalité d'origine pour les individus assujettis à l'alinéa c) du premier paragraphe de l'article 1 constitue la preuve, le cas échéant, en vertu des termes contenus dans le certificat de naissance établi par le registre portugais d'état civil ou l'enregistrement de la déclaration dont dépend l'attribution.

4) La nationalité d'origine pour les individus assujettis à l'alinéa d) du premier paragraphe de l'article 1 est prouvée par l'acte de naissance indiquant la mention du lieu de naissance de l'un des parents portugais et du lieu résidence en territoire national.

5) La nationalité d'origine portugaise des individus assujettis à l'alinéa e) du premier paragraphe de l'article 1 constitue une preuve de la déclaration dont dépend l'attribution.
________
(*) Avec les modifications introduites par la loi no 25 du 19 août 1994, le décret-loi no 322-A du 14 décembre 2001, dans la formulation donnée par le décret-loi no 194 du 23 août 2003 et par la loi organique no 1 du 15 janvier 2004 et la loi organique no 2 du 17 avril 2006. 


 

Lei Orgânica n.o 2/2006 de 17 de Abril

Quarta alteração à Lei n.o 37/81, de 3 de Outubro

(Lei da Nacionalidade)

Artigo 6.o

Requisitos

1) Governo concede a nacionalidade portuguesa, por naturalização, aos estrangeiros que satisfaçam cumulativamente os seguintes requisitos:

a) Serem maiores ou emancipados à face da lei portuguesa;

b) Residirem legalmente no território português há pelo menos seis anos;

c) Conhecerem suficientemente a língua portuguesa;

[...]

Loi organique no 2 / 2006 du 17 avril

Quatrième modification de la loi 37/81 du 3 octobre

(Loi sur la nationalité)

Article 6

Exigences

1) Le gouvernement accorde la nationalité portugaise par naturalisation aux étrangers qui satisfont aux conditions suivantes:

a) Être majeur ou affranchi de l'autorité parentale par une loi du Portugal;

b) Être résidant légalement sur le territoire portugais depuis au moins six ans;

c) Avoir une connaissance suffisante du portugais ;

[...]